No início da tarde desta sexta-feira, a cúpula de segurança de Porto Alegre se reuniu, no Quartel da Brigada Militar, no centro da capital, para avaliar as ações da polícia durante o protesto que ocorreu na noite da última quinta-feira. Estavam presentes na reunião o chefe do Estado Maior da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas, e o delegado da Polícia Civil, Antônio Vicente.
Apesar das 18 detenções realizadas durante a noite de quinta-feira, a cúpula considera que o número foi menor do que nos episódios anteriores. Desde a semana passada 15 pessoas já foram indiciadas por crimes diversos, relacionados aos protestos.
Tanto o coronel Alfeu, quanto o delegado Vicente, avaliaram como positiva a ação da Brigada Militar (BM), e afirmaram que seguirão aperfeiçoando a estratégia da corporação para conter os atos de vandalismo. As autoridades lembraram que a ação da última quinta-feira, com o aumento do policiamento, conseguiu evitar os saques que vinham ocorrendo nos últimos protestos. Contudo, reconheceram que os episódios de vandalismo não foram contidos como deveriam.
De acordo com Alfeu, a aparição dos grupos de depredadores em diferentes pontos dificultou a ação da BM, apesar do reforço de policiamento nas regiões em questão. Ele reforçou a orientação para as pessoas não tentarem conter os depredadores por conta própria, como ocorreu com alguns moradores da Rua João Alfredo. A Brigada afirmou que vai conversar com a associação de moradores da Cidade Baixa para evitar a formação de"milícias" para combater os vândalos.
Para os próximos protestos, a cúpula de segurança manterá a estratégia atualmente utilizada, apenas aprimorando alguns detalhes das ações. Na noite de ontem, o policiamento foi reforçado nos pontos onde ocorreram depredações nos últimos protestos, além dos procedimentos de revistas de suspeitos que revelaram a intenção de várias pessoas em promover saques e outros crimes.
Gaúcha
Cúpula de segurança avalia como positiva ação da BM para conter vandalismo
Ao todo, 18 pessoas foram detidas, sendo 5 em flagrante, após protesto da última quinta-feira
Natália Pithan
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