A mercadoria da moda no submundo é a joia. Povos perseguidos são tradicionais mercadores de ouro e pedras preciosas, porque elas podem viajar com o dono e têm liquidez certa. Superam sem traumas as desvalorizações e os maus humores do mercado das cédulas. Ladrões sabem disso.
A questão é que o Estado nunca viu tantos roubos desse tipo de mercadoria. Um terço dos 150 assaltos a joalherias em território gaúcho nos últimos cinco anos aconteceu em 2012. O ano passado terminou com o ataque de um bando de assaltantes em uniformes militares e com armas de alto calibre a uma fábrica de...adivinhe? Joias. Em Cotiporã, na Serra, onde três bandidos perderam a vida e dois PMs ficaram feridos num confronto pós-roubo. Como se vê, é um mercado aquecido. A explicação pode estar no fato de locais de comércio ou fabricação de joias serem menos guarnecidos.
Os policiais até que têm prendido ladrões. Falta chegar aos grandes receptadores. Uma boa investigação incluiria lojistas, vendedores ambulantes e contrabandistas, comuns na fronteira. Só assim para estancar essa onda delituosa.
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Força do mercado ilegal explica onda de ataques a joalherias no Rio Grande do Sul
Nos últimos cinco anos, foram registrados 150 crimes do tipo, um terço deles em 2012
Humberto Trezzi / Brasília
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