Um medicamento pode impedir que as células cancerígenas não sejam identificadas pelos sistemas de defesa do corpo humano, deixando o tumor mais vulnerável à ação do sistema imunológico. Os resultados e perspectivas desta nova droga serão debatidos na palestra "Imunoterapia: uma revolução no tratamento do câncer?", que será realizada nesta terça-feira, das 12h15min às 13h15min, no Hospital Moinhos de Vento.
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Chamada de Nivolumab, a droga foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) neste mês, para tratamento de melanoma e de câncer de pulmão, e poderá ser usada quando outros tratamentos não tiverem sucesso. A atividade acontece no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm e tem inscrições gratuitas pelo site www.iepmoinhos.com.br/eventos.
Os efeitos da droga diferem em relação à quimioterapia. Em vez de deprimir o sistema imunológico, são ativadas as defesas do organismo. Dessa forma, poupa os pacientes das complicações habituais, mas traz novos desafios a partir de uma maior atividade imunológica. O medicamento deve estar disponível para uso no Brasil dentro de três meses. Nos Estados Unidos, o Nivolumab já têm aprovação para o combate a melanomas e cânceres de pulmão e rim.
Segundo o chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, Sérgio Roithmann, a esperança é de que a nova imunoterapia seja um marco. O médico destaca que já existem resultados iniciais animadores em outros tipos de câncer, como os de cérebro, bexiga, estômago, linfomas e mama.
– Em geral, os anticorpos são administrados a cada duas semanas, diluídos em um soro na veia do paciente. A administração tem se mostrado bastante segura. É um método revolucionário, e os resultados iniciais são muito promissores – ressalta o oncologista.
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