O governo do Estado assumiu na noite de quarta-feira um encargo desafiador: trabalhar na pesquisa e no desenvolvimento de um remédio contra o câncer, mas sem ter dinheiro ou experiência para isso. Graças à articulação do deputado Marlon Santos (PDT), que ganhou notoriedade como médium e praticante de cirurgias espirituais, o Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul (Lafergs) assinou um termo de cooperação com os responsáveis por criar a fosfoetanolamina sintética, molécula encarada como esperança de cura por doentes e como exemplo rematado de charlatanismo por integrantes da comunidade médica.
Pelo acordo, o laboratório estatal vai analisar os testes já realizados com a substância e promover os que ainda sejam necessários, com o objetivo, se tudo der certo, de chegar à aprovação de um medicamento que a humanidade inteira aguarda há décadas. O detalhe é que o Lafergs não tem qualquer orçamento previsto para a tarefa e jamais desenvolveu qualquer remédio.
Câncer
Laboratório Farmacêutico do Estado não tem dinheiro nem experiência para pesquisar fosfoetanolamina
A partir de articulação de deputado, Lafergs assinou termo de cooperação para desenvolver polêmica droga contra câncer