Mesmo que os anos de experiência façam dos avós conselheiros confiáveis, é comum os pais de primeira viagem terem dificuldade para encontrar uma referência na hora de decidir a quantidade de roupa que seus bebês devem usar.
A teoria popular de que as crianças sentem mais frio que os adultos, por exemplo, não deve ser levada ao pé da letra. De acordo com Ricardo Sukiennik, pediatra do Complexo Hospitalar Santa Casa e professor da UFCSPA, os bebês realmente podem sentir mais frio que os mais velhos, mas também sofrem mais com o calor.
Por que o ronco não pode ser considerado normal no sono das crianças
Quais são os efeitos colaterais de criar os filhos com muita liberdade
- Em comparação ao adulto, o bebê tem uma troca maior de calor com o meio, fazendo com que a temperatura do seu organismo seja mais suscetível ao ambiente - afirma, ressaltando que essa diferença se mantém até em torno dos sete anos, sendo mais crítica nos dois primeiros anos.
Embora os bebês não consigam se expressar verbalmente, eles demonstram por meio de outros sinais o desconforto com a roupa: além de choramingar, os pequenos ficam pálidos quando estão com frio e passam a suar e ficar com a pele avermelhada no calor. Quando a temperatura está muito alta, o bebê pode ainda apresentar miliária - a popular brotoeja -, uma erupção vermelha causada pela obstrução dos poros, que impede a saída do suor e costuma ocorrer principalmente no pescoço, abaixo dos braços ou na região da fralda.
Brincar ao ar livre faz bem à visão infantil, indica estudo
Como fazer um ensaio fotográfico newborn seguro para o bebê
Antes de optar por uma blusa de manga curta ou comprida, os pais devem sentir a temperatura do bebê. Para isso, é indicado tocar várias partes do corpo da criança, não somente as mãos e os pés. De acordo com Sukiennik, extremidades geladas ou quentes podem significar apenas uma adaptação circulatória do organismo, mesmo em temperatura confortável.