Pesquisa afirma haver ligação entre a idade do pai no dia do nascimento do filho com o risco da criança desenvolver câncer quando adulto. O estudo, publicado no American Journal of Epidemiology, disse que a relação é mais forte entre filhos únicos.
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O estudo, feito por um professor da Califórnia, Estados Unidos, encontrou relação entre a idade do pai e o risco do filho desenvolver câncer hematológico - o quarto tipo de câncer mais comum entre os americanos. Os mesmos indícios não foram encontrados durante a análise com mães mais velhas.
Pesquisadores da Sociedade Americana de Câncer analisaram dados de mais de 100 mil homens e mulheres, entre os quais foram identificados 2.532 pessoas com histórico de câncer hematológico entre os anos de 1992 e 2009. Nesse grupo, aqueles cujos pais tinham 35 anos de idade ou mais no momento no nascimento apresentaram 63% mais ricos de neoplasias hematológicas em comparação aos outros. Não houve diferenças em relação ao subtipo de câncer.
O fato de a relação ter se mostrado particularmente significante nos casos de participantes que não tinham irmãos sugere uma associação com a "hipótese da higiene" - quando a exposição a infecções leves na infância, mais numerosas entre filhos com irmãos, são importantes na redução do risco de doenças imunológicas. Os autores afirmam que é possível da relação encontrada entre pais mais velhos e filhos únicos promover a proliferação celular em indivíduos com um sistema imunológico fraco e assim favorecer o desenvolvimento de câncer.
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Apesar dos resultados, pesquisadores acreditam na necessidade de mais pesquisas que expliquem melhor a associação entre a idade paterna com o desenvolvimento de câncer do filho.
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