Com rápido desenvolvimento nos últimos anos, a ressonância magnética já pode ter ampla aplicação clínica no estudo de doenças pulmonares. A observação é de um grupo de médicos que assina artigo publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia, comentando os avanços da ressonância magnética em suas três principais indicações clínicas: o estadiamento de tumores pulmonares, a avaliação de doença vascular pulmonar e a investigação de anormalidades pulmonares em pacientes que não podem ser expostos à radiação.
Desde a década de 1980, quando houve a primeira tentativa de ressonância magnética de pulmão, foram feitos esforços para melhorar o desempenho e a qualidade do exame para ampliar sua aplicação.
A conclusão dos pesquisadores é que, devido a melhorias na velocidade e na qualidade de imagens, a ressonância magnética de pulmão hoje está pronta para aplicação clínica de rotina, com foco em doenças das vias aéreas e da vasculatura, bem como nódulos e câncer de pulmão.
A principal vantagem do exame é a combinação exclusiva de avaliação estrutural e funcional em uma única sessão de imagens. O procedimento também se coloca à frente de outras alternativas no acompanhamento de problemas pulmonares em crianças, por não envolver o uso de radiação ionizante.
Entre os autores do estudo estão três médicos com atuação em hospitais de Porto Alegre: Bruno Hochhegger, radiologista do Complexo Hospitalar Santa Casa; Jackson Volkart, radiologista do Hospital Moinhos de Vento; e Adalberto S. Rubin, pneumologista da Santa Casa. Assinam ainda o artigo os professores Edson Marchiorio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Arthur Soares Souza Jr, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, além do radiologista Klaus Irion, do Liverpool Heart and Chest Hospital (Reino Unido).
Artigo científico
Médicos comentam vantagens da aplicação clínica da ressonância magnética de pulmão
Em texto publicado no Jornal Brasileiro de Pneumologia, pesquisadores comentam avanços no desempenho do procedimento
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