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A fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul reduziu para 412 mil pedidos. O dado foi informado pela secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha (assista na íntegra abaixo), na manhã desta sexta-feira (14).
Em matéria publicada na terça-feira (11) por Zero Hora, o número de pedidos de consulta era de 473.785 mil em dezembro, conforme dados fornecido ao Grupo de Investigação da RBS (GDI) via Lei de Acesso à Informação.
De acordo com Arita, a diminuição da fila foi possível graças a um trabalho em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que auxiliou a avaliar os casos:
— Fizemos um trabalho junto ao tele saúde da UFRGS para saber se essas 470 mil pessoas que foram colocadas na fila pelos municípios, de fato estavam na fila certa, com o diagnóstico certo e se elas tinham ou não que estar nas filas — afirmou.
A oftalmologia, de acordo com dados fornecidos ao GDI, é a especialidade mais demandada. Sobre isso, a secretária disse que o Estado já toma iniciativas para diminuir esse número.
— Nós criamos, através do Programa Assistir, os ambulatórios de especialidades. São mais de 374 (ambulatórios), e 40 de oftalmologia, que geram 230 mil consultas — afirma Arita.
Ela citou ainda a adesão do governo do Estado ao programa do governo federal, o Mais Acesso a Especialistas, que de acordo com Arita, ofertou 82 mil novos acessos em oftalmologia.
Programa Ser Mulher
A secretária anunciou que será ampliado, neste ano, o programa Ser Mulher, com seis centros de especialidade de referência no cuidado da saúde das mulheres:
— Para cada região de saúde nós teremos um centro que vai cuidar da endometriose, da menopausa, climatério, prevenção do câncer de mama e do útero, planejamento familiar. Com isso, se pretende ter 4 mil consultas por mês à disposição das mulheres que forem referenciadas da atenção primária.
Fila para cirurgia bariátrica
Outra questão que preocupa, segundo a titular da Saúde, é referente à espera por cirurgias bariátricas:
— Estamos criando, já determinado pelo governador Eduardo Leite, o serviço especializado do sobrepeso e obesidade. Vamos oferecer 8.640 consultas por mês para que as pessoas tenham o cuidado e ao mesmo tempo possam definir através de um acompanhamento se realmente precisam ou não ir pra uma cirurgia bariátrica, que é sempre tão agressiva — completou Arita.