Amostras humanas de fezes coletadas nas cidades de Praia Grande e no Guarujá, pelo Instituto Adolfo Lutz, confirmaram que o surto de virose que atinge diversas cidades do litoral sul paulista foi provocado por norovírus. Ainda não se sabe, no entanto, o foco de contaminação.
As noroviroses são um grupo de doenças de origem viral que são conhecidas como gastroenterite e normalmente são transmitidas por via fecal-oral.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a norovirose é uma doença que dura em média três dias, provocando sintomas como náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e, algumas vezes, dores musculares, cansaço, dor de cabeça e febre baixa.
— Estas informações são importantes para orientar o tratamento aos pacientes. No entanto, estamos investigando, em conjunto com as Companhias Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) e os municípios da Baixada Santista, a fonte que causou esta infecção — explicou Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças da pasta.
Desde dezembro, turistas e moradores de cidades do litoral paulista, principalmente da Baixada Santista, vem reclamando do aumento de casos de virose, principalmente após as festas de final de ano.
A prefeitura do Guarujá chegou a declarar situação de surto de virose gastrointestinal e notificar a Sabesp sobre a possibilidade de que os casos poderiam ter sido provocados por vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada. A Sabesp, no entanto, negou a informação.
Como se prevenir
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo alerta que, para se prevenir contra viroses, a população deve procurar sempre lavar bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar.
Também é preciso evitar alimentos mal cozidos e evitar tomar banho de mar nas 24 horas seguintes à ocorrência de chuvas. A pasta também explica que não devem ser consumidos gelos, raspadinhas, sacolés, sucos e água mineral de procedência desconhecida.
O tratamento consiste principalmente em hidratação. Para casos mais graves, é preciso realizar o procedimento de forma endovenosa. A hospitalização em geral é muito rara, informou a secretaria.
Atenção aos sintomas
Evacuações muito frequentes e líquidas, dificuldade na hidratação com vômitos que não cedem, pele e boca secas, dificuldade em urinar são indicações de que se deve procurar o serviço de saúde.
A Secretaria da Saúde ressalta que nenhum medicamento deve ser tomado sem conhecimento e indicação médica.