Está prevista para começar, até o fim de 2019, a terceira fase do estudo Mosaico, que testará em humanos uma vacina considerada promissora contra o HIV. O projeto deve abranger quase 4 mil pessoas. Oito países das Américas do Sul e do Norte e da Europa devem participar da pesquisa. O Brasil está incluído nos testes, segundo o jornal O Globo.
De acordo com a publicação, cerca de 3,8 mil indivíduos entre 18 e 60 anos participarão do projeto. Todos são homens que fazem sexo com homens ou pessoas transexuais. Eles receberão um esquema de quatro doses de uma droga projetada para proteger contra as diferentes variedades do vírus.
— Estamos comprometidos em garantir que os resultados dos testes de vacina contra o HIV sejam generalizáveis para as populações que carregam o maior fardo da infecção pelo HIV — disse Susan Buchbinder, presidente do protocolo Mosaico e diretora do Bridge HIV no Departamento de Saúde Pública de São Francisco.
Ao todo, serão feitos testes em nove centros de estudo do Brasil. Também participarão centros dos Estados Unidos, México, Argentina, Peru, Espanha, Itália e Polônia.
As inscrições para os testes devem começar em setembro e os candidatos devem preencher uma série de requisitos como, por exemplo, fazer sexo anal ou vaginal sem preservativo fora de uma relação monogâmica estável com um parceiro conhecido como HIV negativo ou HIV positivo com supressão viral na terapia anti-retroviral.
O estudo Mosaico foi apresentado na terça-feira (23), na 10ª Conferência da International AIDS Society sobre a Ciência do HIV (IAS 2019), que ocorre na Cidade do México.