Elvira Silva Dorneles, 63 anos, que aguardava por um transplante de coração após sofrer um infarto fulminante, morreu no sábado (2), em Porto Alegre. Ela estava internada na unidade pós-operatória do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul e aguardava uma doação do órgão com urgência para que pudesse sobreviver. Elvira morreu um dia depois de uma reportagem chamando atenção para seu caso ter sido publicada em GaúchaZH.
Natural de Cacequi, na Região Central, Elvira morava havia 22 anos em Tramandaí, no Litoral Norte. Ela sofreu um infarto enquanto limpava a casa, em meados de novembro. No início, achou que era apenas uma pontada no peito, mas logo foi recomendado pela filha mais nova que ela fosse até um hospital. O atendimento em Tramandaí demorou, segundo a família, e só dois dias depois do infarto ela passou a receber tratamento no Instituto de Cardiologia, na Capital.
Depois do infarto, a paciente sofreu ainda uma comunicação interventricular (CIV), complicação de altíssima letalidade. Passou a sobreviver, então, graças a um aparelho que assumiu boa parte das funções do coração, ventilando oxigênio para o órgão e para os pulmões. Seu próprio coração, porém, estava fraco, e a aposentada dependia do sucesso de um transplante para continuar vivendo.
Elvira deixa o marido, três filhos e quatro netos.