O Sindicato da Mate do Rio Grande do Sul vai solicitar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) investigue a origem dos metais pesados encontrados na erva gaúcha. Uma análise de 300 amostras do produto produzido por 27 empresas mostrou que, pouco mais de 5,5% delas, apresentaram níveis de chumbo e cádmio acima do permitido pela legislação do Mercosul.
O material começou a ser testado depois que o Uruguai barrou uma carga brasileira do produto. O país deu prazo de 180 dias para a adaptação às novas regras. O presidente do Sindimate-RS, Gilberto Heck, informou que será pedida ajuda da Anvisa para identificar o que está causando esta contaminação.
Alguma das hipóteses levantadas são chuva ácida, poluição ambiental, plantação próximo de rodovias e adubação. O nome das empresas não será divulgado, segundo o sindicato, porque não há nenhuma fraude, mas uma contaminação ambiental.
O sindicato também vai solicitar ao Ministério da Saúde que seja modificada a forma de análise: ao invés de verificar as folhas, analisar a infusão, que é a forma como o mate é consumido. Esse tipo de análise encontrou níveis de metal próximos a zero, o que garante que o produto não causa risco à saúde. Para isso, deverá ser feita uma solicitação colegiada entre Brasil, Argentina e Paraguai e Uruguai.