
A partir desta sexta-feira (11), os porto-alegrenses passarão a contar com uma plataforma de previsão meteorológica com alertas e avisos para toda a Capital. O poaclima, que já está disponível, também contará com análise de riscos hidrológicos e geológicos. A iniciativa, anunciada pela prefeitura de Porto Alegre no último dia de South Summit, promete mais precisão e agilidade para a população.
O mapa é dividido em 17 regiões, contemplando todas as subprefeituras da cidade. As previsões e as análises de risco serão feitas em parceria com a Catavento Meteorologia e Meio Ambiente, com base em dados de órgãos federais, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), modelos de previsão internacionais, estações meteorológicas públicas e privadas e dos totens do sistema de monitoramento da Defesa Civil, que começaram a operar em janeiro deste ano.
— O modelo que o Estado usa pode dar um alerta de uma região enorme onde Porto Alegre está inserida. E o modelo do governo federal é mais abrangente ainda. Agora teremos um movimento cíclico em que a informação que eles (meteorologistas) vão largar para a população é alimentada com a confirmação através das estações meteorológicas. E aí eles vão revisando esses modelos até que alcancemos um modelo específico para a Porto Alegre — afirma o secretário executivo da Defesa Civil Municipal, Evaldo Rodrigues.
Além de checar a previsão do tempo para cinco dias, o usuário poderá conferir os avisos e alertas de chuva, vento, frentes frias, cheias e ondas de calor, por exemplo. Os alarmes poderão ser da cor amarela (aviso), vermelha (alerta) ou preta (alerta crítico), dependendo da gravidade de cada situação, e contarão com informações como tempo de vigência e condição.

— A gente analisa em torno de 17 modelos. A gente vê se está batendo, se tem muita diferença. Quanto mais a gente diminui a diferença da previsão, fica entre o aviso e alerta. O aviso é um risco potencial, e o alerta significa que é praticamente certo que aquilo vai acontecer. Para não emitir falsos alarmes, a gente faz toda essa avaliação — explica o meteorologista da Catavento José Felipe da Silva Farias.
A equipe multidisciplinar também usará dados de radares e satélites meteorológicos para alimentar a plataforma com mais frequência. A ideia, segundo Rodrigues e Farias, é que as atualizações tenham intervalo menor do que uma hora e que os alarmes sejam enviados com, no mínimo, 30 minutos de antecedência.
A iniciativa não muda os sistemas de alarme já utilizados pela Defesa Civil Municipal, como as mensagens de texto, os atendimentos pela Central do Cidadão 156 e os avisos sonoros que poderão ser emitidos pelos totens. O secretário executivo afirma que a ideia da ferramenta é complementar as outras medidas que vem sendo implementadas desde a reformulação do órgão em 2023.
— A gente tem um grande desafio agora em 2025 que é a Defesa Civil ir mais ao encontro da população. A gente quer incentivar justamente isso, que os moradores compreendam a ferramenta, que é fundamental. E a gente quer se colocar à disposição em tempo integral para os atendimentos — acrescenta Rodrigues.
A plataforma faz parte de um serviço comprado pela prefeitura via licitação no valor de R$ 1,3 milhão para o período de 12 meses, provenientes do Fundo Municipal de Gestão de Território (FMGT). Para o prefeito, Sebastião Melo, iniciativa não vai só ajudar a população, mas também contribuir para a preparação e tomada de decisões dos gestores.