
Porto Alegre se encontra em nível de alerta para síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e a tendência é de que esse número cresça. O cenário é baseado na análise de dados dos registros Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com a Fiocruz e a FGV.
A análise leva em consideração dados das últimas seis semanas e o tempo médio de demora de cadastramento, minimizando o represamento de informações que pode ocorrer, para identificar o cenário atual, antes mesmo da inserção dos dados no sistema. O resultado mostra uma probabilidade de 95% de que o número de casos tenha crescido nesta semana, em relação às anteriores.
De acordo com o Boletim InfoGripe, a tendência é que esse aumento se concentre em pacientes com idade menor do que dois anos e em idosos, a partir de 65 anos. Além da capital gaúcha, outras 13 estão em nível de alerta, risco ou alto risco.
Já a situação do Rio Grande do Sul (RS) é um pouco diferente. Apesar de também apresentar uma tendência de crescimento de 95%, o nível de atividade nas duas últimas semanas (entre 13 e 19 de abril) é melhor. Os dados mostram que o nível é considerado dentro do limite de segurança para o estado.
Os dados nacionais apontam para o possível aumento na circulação de dois vírus que causam SRAG. Vírus Sincicial Respiratório (VSR) seria o responsável pelo crescimento de casos em crianças pequenas. Já o rinovírus tem sido identificado em crianças e adolescentes.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Porto Alegre, são considerados SRAG o quadro de saúde de pacientes que tenham febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos, além de um dos seguintes sintomas:
- dispneia/desconforto respiratório
- pressão ou dor persistente no tórax
- saturação de menor ou igual a 94% em ar ambiente
- coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto