
Três dos 450 contêineres destinados para lixo reciclável foram incendiados em Porto Alegre nos últimos 10 dias, desde que foram instalados em 12 de março. O caso mais recente danificou um equipamento na Avenida Ipiranga, no bairro Praia de Belas, na madrugada deste sábado (22).
As outras unidades foram vandalizadas no bairro Menino Deus, nas ruas Barão de Teffé (também nesta madrugada) e Cícero Ahrends (no final de semana passado). Os novos contêineres são feitos do plástico PEAD (polietileno de alta densidade), e têm custo de R$ 12,8 mil cada um. Com os custos de limpeza do local e outras despesas, a prefeitura da Capital calcula um prejuízo de R$ 60 mil com os três equipamentos queimados.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) fez o registro policial dos danos e definiu a manutenção dos equipamentos como prioridade, para evitar atrasos no novo serviço implantado este mês.
Nas redes sociais, o prefeito Sebastião Melo lamentou os casos e determinou o uso das câmeras de vigilância nos bairros para identificar os responsáveis.
"Esse vandalismo prejudica a cidade, desperdiça dinheiro público e atrapalha quem faz a destinação correta dos resíduos. Esses vândalos devem ser punidos com rigor. Não vamos tolerar que a irresponsabilidade de alguns cause danos à coletividade!", escreveu Melo.
Novos contêineres
Desde o dia 12, estão em testes nos bairros Menino Deus, Cidade Baixa, Centro Histórico e Praia de Belas 900 novos modelos de contêineres: 450 destinados ao lixo orgânico e com tampa no estilo "boca de lobo", que impede a retirada de resíduos do interior da unidade, e 450 específicos para o lixo reciclável, uma novidade na Capital. Os equipamentos estão em fase de teste nesta região antes que novas unidades sejam instaladas em mais locais da cidade.
Outros 2.050 contêineres novos para o lixo orgânico, em modelo igual aos atuais, foram instalados em substituição às unidades antigas. Todos têm nova adesivagem, com objetivo de conscientizar a população sobre o descarte correto.
Quem é responsável pelo serviço de coleta é o consórcio Porto Alegre Ambiental, formado pela empresa Conesul com a RN Freitas, que assinou contrato com a prefeitura em julho do ano passado.
