A instalação de ventiladores para amenizar o calor nos três Centros Humanitários de Acolhimento (CHA), que abrigam atingidos pela enchente no Rio Grande do Sul, foi concluída. Os moradores relatavam desconforto em dias quentes nas instalações, em Canoas e em Porto Alegre. Nesta segunda-feira (9), são 833 pessoas vivendo nestes locais.
Segundo a Agência da ONU para as Migrações (OIM), que administra os CHA, nos centros Vida, na zona norte de Porto Alegre, e Esperança, em Canoas, foram instalados 15 climatizadores e ventiladores de teto. Os equipamentos foram colocados em todas as alas e nas salas de amamentação, brinquedoteca e espaço multiuso.
Nos dias de calor excessivo, o Corpo de Bombeiros realiza um resfriamento do ambiente duas vezes ao dia, por meio de um jato de água vindo do teto da estrutura.
No CHA Recomeço, também em Canoas, foram instalados 10 ventiladores nos pilares da zona central, na sala multiuso e brinquedoteca. As unidades receberam aberturas extras, para ampliar a ventilação e também mosquiteiros. O espaço é diferente dos demais centros, por possuir as casas modulares.
No entanto, no CHA Recomeço falta ser concluída a instalação de dutos de ar refrigerado e a duplicação de exaustores para as tendas principais. Ainda conforme a OIM, as medidas já estão em andamento.
O calor foi uma das principais reclamações dos abrigados nas últimas semanas. Os locais são feitos de lonas, o que dificulta a ventilação. A reportagem da Zero Hora foi ao Centro Vida e verificou ausência de janelas e ventilação nos dormitórios e áreas de convivência.
Os Centros Humanitários de Acolhimento foram construídos pelo governo do Estado em parceria com a ONU com o objetivo de acolher famílias desabrigadas com melhor estrutura. Os espaços devem funcionar até que todas as famílias sejam encaminhadas para moradias permanentes.
Sete meses após a enchente histórica de maio, 1.393 pessoas seguem vivendo em abrigos em 18 municípios gaúchos. A informação consta do monitoramento do governo do Estado, atualizado semanalmente.