Iniciada em 2021, a conclusão do novo Sistema de Abastecimento de Água Ponta do Arado, no bairro Belém Novo, é apontada pela prefeitura como a solução definitiva para os problemas de falta de água, principalmente em bairros do extremo-sul e da zona leste de Porto Alegre.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o prefeito Sebastião Melo afirmou que a obra deveria ser concluída em 2024, mas a desistência do consórcio contratado para execução do sistema atrasou o serviço.
— Uma empresa ganhou, botou um preço menor. São sete obras, e a principal o consórcio ganhador acabou, no meio do caminho, desistindo. Então agora estamos em nova licitação, sendo que de três obras uma está pronta, duas ficam prontas agora, mas a principal termina só em 2025, início de 2026. Obra que deveria ficar pronta no final de 2024 — explicou Melo.
Segundo o prefeito, o novo sistema vai ampliar a capacidade de captação e abastecimento de água nessas regiões mais afetadas. Em 10 anos, a produção mais do que dobrou, mas o consumo também aumentou, segundo Melo.
— Lá em 2012, Belém Novo produzia 500 litros de água por segundo. Agora estamos com 1,2 mil litros e não estamos dando conta — disse Melo.
Ele apontou que essa operação no limite é ainda mais prejudicada quando há falha no fornecimento de energia elétrica, como a que ocorreu na sexta-feira (15) e paralisou a estação por quatro horas.
— Estamos no limite, não temos reserva de água. A água é tratada e levada, tratada e levada. Então quando cai a energia, estoura a rede. Não vamos resolver esse problema nesse verão. Nós vamos colocar (geradores) em alguns lugares, começando pelo Belém Novo, isso já tá determinado e sendo feito em regime de emergência. Mesmo com tudo isso, vamos ter problemas — alertou.
Na quarta-feira (20), o Dmae anunciou uma série de medidas de curto e longo prazo para solucionar o problema, como a instalação de geradores de energia em estações de tratamento e circulação de caminhões-pipa em áreas mais prejudicadas. Também é estudada a possibilidade de captar água na represa da Lomba do Sabão, que está desativada.
Para a região do Morro da Cruz, Melo diz que uma obra será iniciada em janeira com prazo de sete a oito meses.