O segundo dia da greve de pilotos e comissários teve paralisações em nove dos principais aeroportos do país durante a manhã desta terça-feira (20). O movimento teve início na segunda-feira e continua afetando voos em ao menos seis aeroportos. No Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por volta das 7h, havia informação de três voos cancelados e um atrasado.
No mesmo horário, havia sete voos atrasados em Congonhas (São Paulo), dois no Santos Dumont (Rio de Janeiro) e um em Guarulhos (São Paulo), além de seis voos cancelados em Congonhas, dois no Santos Dumont, um em Confins (Belo Horizonte) e cinco em Viracopos (Campinas-SP).
Os tripulantes reivindicam melhores salários e também pedem que as empresas aéreas respeitem os horários de descanso de pilotos e comissários. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas aéreas.
Em transmissão ao vivo no Youtube na segunda-feira, Henrique Hacklaender, diretor presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), afirmou que o primeiro dia de paralisações foi "um sucesso" e que a greve deverá continuar.
— Esse é só o primeiro (dia) de muitos até que a gente encontre uma solução. A hora é agora, o momento é esse, e isso precisa ser feito. Tem que ter um basta. As empresas precisam alterar a sua forma de tratar os seus tripulantes. Não adianta só voarmos cada vez mais, se não houver segurança do que está sendo feito — disse.
Ele também destacou que o movimento ocorreu "dentro da legalidade".
— Tudo aquilo que foi previsto ser feito, aconteceu. Nós tivemos voos operando, nós tivemos os tripulantes em serviço e a operação se deu. A nossa categoria sempre foi conhecida por ser uma categoria legalista — afirmou.
Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) informou que acompanhou o movimento na manhã de segunda-feira e que as companhias aéreas trabalharam e continuarão a trabalhar para minimizar quaisquer impactos aos passageiros. Também destacou que foi apresentada uma proposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), aceita pelas empresas aéreas, mas rejeitada pelos tripulantes, que mantiveram a decisão pela greve.