Os estudos para exploração da antiga linha do aeromóvel junto à Usina do Gasômetro tiveram prazo ampliado em 120 dias. Previsto inicialmente para este mês, o grupo de empresas liderado pela Aerom Sistemas de Transporte poderá entregar o projeto à prefeitura de Porto Alegre até setembro.
Segundo a assessora jurídica e gerente do projeto na Secretaria Municipal de Parcerias, Alessandra Santos, as empresas avaliam ampliar a área de abrangência além do que foi previsto inicialmente. Isso exigirá mais informações sobre as atividades existentes na área e sobre projetos em desenvolvimento na orla do Guaíba.
A partir de um edital lançado pela prefeitura, esse grupo de empresas foi o único interessado em desenvolver os estudos de viabilidade. Como ainda está em um estágio inicial, segundo Marcus Coester, CEO da Aerom, não é possível dar detalhes da proposta.
Mas existe a ideia de requalificar o trecho original da linha do aeromóvel no centro de Porto Alegre, com a possibilidade de instalar ali um veículo panorâmico. Isso sem caráter de transporte público: o projeto terá cunho turístico e cultural.
Em reunião realizada com Alessandra na terça-feira (10), Coester apresentou a ideia de criar um “living lab”, onde as pessoas poderiam conhecer vários modais da mobilidade elétrica, de bicicletas e patinetes a carros elétricos e, é claro, o aeromóvel.
— Está ganhando um corpo muito mais conectado aos temas mundiais do que se tinha originalmente — afirma Coester.
O estudo avaliará também possíveis operações na Praça Júlio Mesquita, analisando quais atividades econômicas poderão ser desenvolvidas em sinergia com o aeromóvel. Marcus Coester é filho de Oskar Coester, fundador e idealizador da tecnologia do modal.
Ainda não há definição de onde virão os recursos para tirar o projeto do papel. A definição do modelo de concessão de ativos ou Parceria Público-Privada deve resultar do estudo.
— Em qualquer dos modelos, o financiamento dos investimentos quem captará é o parceiro privado — acrescenta Alessandra.