Bermuda verde reluzente, boné amarelo com bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul, camiseta com o escrito “Meu Partido é o Brasil”. Até o cadarço dos tênis é em alusão à pátria. Foi com essa vestimenta que o trabalhador da construção civil aposentado Adenico Fagundes dos Santos, 65 anos, chegou a uma das alças da nova ponte do Guaíba antes das 7h desta quinta-feira (10). Morador do bairro Humaitá, o fã do presidente da república Jair Bolsonaro disse ter “caído da cama” de ansiedade pela visita do político.
– Desde cedo. Eu não aguentei, e como não sabia a hora que ele vinha, saí de casa. Vim receber o capitão Jair Messias Bolsonaro - conta.
O carismático seguidor de Bolsonaro diz nunca ter trabalhado em obras suntuosas como a da nova ligação da Capital com o Sul do Estado.
- Na minha época não tinha tanta tecnologia. Era virando massa no braço mesmo.
Do tempo que vive na região, acabou por se tornar descrente sobre a inauguração da ponte, em obras há seis anos, mas idealizada há mais de uma década. E se mostra otimista com o futuro da nação pós-pandemia, período que descrever como “de coisas muito ruins que aconteceram”.
- É como um caminhão. Que estava atolando e agora parece que desatolou - compara.
A ideia do seguidor é aguardar a chegada do presidente e tentar cumprimenta-lo.
Na área da nova ponte, seguranças restringem o acesso às três alças inauguradas nesta quinta. Jair Bolsonaro deve chegar ao aeroporto Salgado Filho entre 9h e 10h, onde tem uma audiência marcada com o governador Eduardo Leite. Após a cerimônia na ponte, seguirá para Barra do Ribeiro, onde inaugurará mais um trecho de duplicação da BR-116.