O Brique da Redenção, em Porto Alegre, voltou a funcionar neste domingo (13), após mais de cinco meses parado em razão da pandemia. Embora os expositores tenham retornado às atividades em suas bancas, poucos frequentadores prestigiaram a feira nesta manhã.
Um decreto da prefeitura de 27 de agosto havia permitido a volta do Brique. Com o tempo instável, contudo, a retomada teve de ser adiada, aumentando as expectativas para esse fim de semana. Aliado a isso, se encerra neste domingo o primeiro período da permissão para uso de bolsões de estacionamento e de corredores de ônibus para lazer. A prefeitura de Porto Alegre havia isolado 11 locais para evitar a circulação de pessoas e aglomerações.
Mesmo com medidas que poderiam servir de incentivo, o público porto-alegrense não se motivou a frequentar o local e comprar produtos na Redenção. Ricardo Saciloto, expositor no Brique há 10 anos, contou que estava parado desde 15 de março — dia em que saiu o decreto da prefeitura proibindo a feira.
— Eu trouxe algumas peças e saíram algumas coisas. O pessoal está comprando. Os poucos que vieram estão comprando — contou. — Acho que o movimento está bom, que pena que o tempo não está ajudando — acrescentou, fazendo referência ao dia nublado que tomou conta da cidade neste domingo.
O vendedor avalia que o movimento deve melhorar com o passar dos dias, mas clientes idosos — grupo de risco para a covid-19 — devem demorar mais a retornar. Além disso, embora tenha ficado desde março sem vender qualquer peça, Saciloto disse que deve começar a anunciar suas peças nas redes sociais e vender online.
As medidas de prevenção ao coronavírus foram tomadas na hora da montagem das barracas, que buscavam respeitar o distanciamento. Contudo, não havia atendimento ordenado para quem se aproximava. E, embora não seja o caso de Saciloto, muitos daqueles que expuseram seus produtos em um pano no chão não disponibilizavam álcool gel para o público.
Dentre as regras exigidas pela prefeitura de Porto Alegre, está, justamente, o distanciamento interpessoal mínimo de um metro e meio no atendimento e nas filas. A disponibilização de álcool gel é obrigatória nas bancas e nas áreas de acesso à feira, mas não foi especificado sobre os casos de exposições no chão. Outras medidas obrigatórias para que o Brique possa ocorrer são o uso de máscara por clientes e colaboradores ao circular no espaço e a proibição de consumo ou degustação de produtos nas áreas da feira.