
O homem que morreu atropelado pelo próprio veículo, na noite deste sábado (13), em Porto Alegre, foi definido por colegas como uma "pessoa boa" e um "ótimo funcionário". Colaboradores que atuavam com Jorge Luis da Silva Matos, 53 anos, na empresa Sul Express pareciam não acreditar que o companheiro perdeu a vida após ser atingido pelo veículo que conduzia instantes antes do acidente. Ele fazia entregas de revistas no bairro Petrópolis no momento do acidente.
Matos atuava como gerente do setor de entregas, segundo representantes do estabelecimento que estavam no local. Ele deixa esposa.
Um colega, que pediu para não ter o nome divulgado, lamentou a morte e disse que a vítima era um ótimo trabalhador e amigo:
— Era um maravilhoso funcionário. Não tem o que dizer. Era um cara que dava o suor pelo serviço. Vivia pelo trabalho.
Esse colaborador disse que a Kombi estava em bom estado de conservação e com a manutenção em dia:
— Estava tudo certo. Ela saiu da oficina e estava perfeita. Uma Kombi que nunca deu problema. Era o xodó dele. Ele cuidava dessa Kombi como se fosse um filho. A gente até comentou: "O que ele mais amava matou ele". É triste ver isso.
Por volta das 21h30min, familiares aguardavam a liberação do corpo no Departamento Médico Legal (DML) para os ritos funerários.
O acidente
Por volta das 17h30min, Matos estava entregando revistas na Rua Barão do Amazonas em uma Kombi. Ele estacionou o veículo em uma região com declive e saiu para realizar o serviço. Do lado de fora do veículo, Matos teria percebido que a Kombi começou a se mexer. A Polícia Civil acredita que, ao tentar pará-la usando o corpo, ele acabou prensado contra uma árvore. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o local, mas não conseguiu reanimar a vítima. Populares colocaram pedras nas rodas do veículo para evitar novo movimento.
Peritos foram até o local e realizaram uma série de testes no veículo. O delegado Carlo Butarelli, da Delegacia de Homicídios de Trânsito, diz que ainda não é possível apontar o que fez o veículo atingir a vítima. Ele aguarda o laudo da perícia para identificar o que causou o acidente.