
Foram décadas de espera. Enfim, esta segunda-feira (5) marca o começo das obras de restauração do Cais Mauá.
Os primeiros caminhões e operários chegaram no início da manhã. De acordo com o diretor de Operações do Consórcio Cais Mauá, Sérgio Lima, já está começando o cercamento das áreas que irão ter circulação de máquinas e trabalhadores. Os caminhões já estão trazendo o material que será usado.
Também já estão contratadas as empresas que farão a instalação da rede de energia elétrica e que farão a remoção de entulhos. O canteiro de obras deve estar montado em até 15 dias.
Nos próximos dias deve começar a retirada de tanques de combustível que estão enterrados na área do cais. Já há definição das empresas que vão receber as telhas de amianto, a terra que será retirada do cais e todo o material de alvenaria.
O consórcio segue escolhendo as empresas que irão fazer a obra de restauração dos onze armazéns. Em até dois anos eles se transformarão em áreas de bares e restaurantes, livraria, centro de convenções e operações de negócio, além de espaços para promoção de cultura.
Essa restauração irá custar R$ 70 milhões. Outros R$ 49 milhões serão investidos para atender 40 exigências feitas pela prefeitura como a criação de aproximadamente 8 quilômetros de ciclovia para Porto Alegre e também a revitalização de duas passagens de nível para facilitar o acesso de pedestres ao Cais Mauá, que estão localizados na rua Ramiro Barcelos e no largo do Mercado Público. Os recursos virão de um fundo de investimento que irá bancar a obra.
Para realizar as outras duas etapas, o consórcio precisará receber novas autorizações. Está prevista, ainda, a construção de três torres na zona das docas (perto da Rodoviária) e de um centro comercial próximo ao Gasômetro. Todo o complexo de 3,2 quilômetros deverá custar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões e ficar pronto em até seis anos. A exploração do espaço ocorrerá por 25 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 25 anos.