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Entre o fim da madrugada e o início da tarde desta quinta-feira (7), Porto Alegre superou a média histórica de chuva para dezembro, que é de 101,20 milímetros. No bairro Tristeza, desde às 4h até as 14h, choveu 102,2 milímetros — o acumulado desde o início do mês é 106,2 milímetros. Outros bairros da Capital registraram volumes menores de precipitações — ainda que também altos. Na Lomba do Pinheiro o volume foi de 91,6 milímetros e, no Centro, 86,6 milímetros. As informações são do Centro Integrado de Comando de Porto Alegre (Ceic).
A quantidade de água vista nas últimas horas no Rio Grande do Sul ocorreu devido a uma área de baixa pressão atmosférica no Estado. O sistema ganhou força na madrugada e provocou chuva duradoura em regiões mais localizadas, como os Vales, a Região Metropolitana, a Serra e a Capital. À tarde, a água deve migrar para o Litoral Norte, que já registrou chuva nesta manhã, mas em menor proporção.
O acúmulo de chuva em poucas horas trouxe reflexos principalmente para o trânsito da cidade, que sofre com transtornos desde o começo da manhã. Em Viamão, que já soma o maior volume de chuva do ano, moradores precisaram ser resgatados pelos bombeiros.
O nível do Guaíba está em 85 centímetros — a cota para o alerta de cheia é de 2m10cm no Cais Mauá. A previsão é de que, até o final do dia, o tempo volte a ficar firme.
Transtornos no trânsito
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Na Zona Norte da Capital, pelo menos 11 ruas ficaram completamente alagadas. A Avenida Sertório, uma das mais afetadas pela chuva, apresenta diversos pontos de alagamento. Conforme a EPTC, o tráfego de veículos no cruzamento com a Dona Sebastiana é feito pelo corredor exclusivo de ônibus. A Avenida Protásio Alves também está bloqueada por conta do transbordamento de um riacho. Na Rua Giordano Bruno, próximo à Protásio Alves, a queda de uma árvore interrompeu o trânsito, segundo a EPTC.
Na Rua Padre Angelo Corso, no bairro de Cavalhada, a água invadiu calçadas e entradas de condomínios, além de estacionamentos próximo às fachadas do prédios. No bairro Menino Deus, na Rua Múcio Teixeira, próximo ao Nacional da Érico Veríssimo, os veículos trafegam lentamente devido à quantidade de água na via.
Estragos
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Na Zona Leste, onde também há problemas no trânsito, uma estrutura desabou nos fundos da quadra de futebol Liga Universitária, na Rua 6 de Novembro com a Manoel Elias. Na Avenida Ipiranga, próximo à CEEE, pedras e lama desceram à via vindas da Avenida Joaquim Porto Vilanova, provocando congestionamentos no sentido bairro-Centro. Na Zona Sul, na Avenida Oscar Pereira, o asfalto cedeu em alguns trechos e a EPTC precisou espalhar cones para que os motoristas não caiam nos buracos.
Viamão
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O município de Viamão, na Região Metropolitana, já soma o maior volume de chuva do ano: em seis horas, foram 125 milímetros. A média para todo o mês de dezembro é de 108,7 milímetros. Moradores foram obrigados a deixarem suas casas no final da manhã desta quinta-feira. Pelo menos 20 famílias pediram ajuda para os bombeiros, principalmente às margens de arroios no bairro Vila Augusta. As pessoas resgatadas no bairro estão sendo encaminhadas para a escola Municipal Luciana de Abreu. No Instituto de Cardiologia do município, telhas cederam e a água danificou quatro quartos. Sete pacientes precisaram ser removidos para outros espaços.