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Um inquérito administrativo disciplinar realizado pela Procuradoria Geral do Município (PGM) indiciou dois suspeitos por irregularidades em contratos da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Os nomes não estão sendo divulgados pela prefeitura porque os funcionários ainda não foram notificados legalmente. Caso seja confirmada a responsabilidade, ao final, o relatório irá opinar sobre penalidades que podem ser atribuídas aos investigados, que resultariam em demissão e também ressarcimento aos cofres públicos.
Nessa quinta-feira (6), o Ministério Público cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da fundação, na empresa Multiágil e em mais cinco residências dos investigados. Após a realização da operação, o presidente da instituição, Marcelo Soares, saiu de férias por 30 dias.
Em 2014, uma sindicância apontou que a Fasc pagava a integralidade de um contrato de mão de obra de enfermeiros e de técnicos de enfermagem em abrigos sem que todos os serviços contratados fossem realizados. A empresa Multiagil chegou a receber R$ 4,8 milhões.
A investigação apontou falta de fiscalização no contrato e determinou a abertura de inquérito administrativo para apurar atos de improbidade do funcionário que era fiscal do contrato, Jonatas de Freitas Silva, e do então diretor-administrativo da Fasc, Miguel Barreto.
Na época, Jonatas disse ter apurado os erros e comunicou à direção administrativa. Já Miguel Barreto disse ter determinado que tudo fosse encaminhado para que a assessoria jurídica pudesse adotar as medidas cabíveis. A empresa Multiagil disse não ter sido notificada sobre a sindicância e destacou que a empresa não agiu de má-fé e sempre honrou seus compromissos.