A 21ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre segue investigando o incêndio em um ônibus, na madrugada da última quinta-feira (23), e em um carro, no dia anterior, no Beco dos Cafunchos, na zona leste. Para isso, busca imagens de câmeras de segurança em postos de combustíveis da região para tentar identificar os suspeitos no momento em que eles compraram gasolina.
Segundo a polícia, os crimes aconteceram em razão de brigas por ponto de tráfico de drogas. O local é conhecido pela venda de entorpecentes e, no ano passado, o chefe do tráfico na região, Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, foi preso e assassinada dias depois dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.
O delegado Carlos Santana, titular da DP, destaca que não há imagens do fato, até por que não tem câmeras no local. Além disso, o cobrador e o motorista do coletivo não reconheceram prováveis suspeitos através de fotografias.
Passageiros que estavam no ônibus no dia do incêndio não foram localizados e nenhum morador testemunhou o fato. Em depoimento, o motorista negou que jogaram combustível nele.
Apenas disse que, quando voltou para dentro do veículo com o objetivo de pegar os documentos, acabou respingando gasolina nas calças dele. Naquele momento, um criminoso estava espalhando o líquido pelo ônibus.
Itinerários
Depois que houve o incêndio, os rodoviários cancelaram as viagens para a região. Mas após reunião com a Brigada Militar, decidiram voltar a operar, mas com restrição de horários. Neste sábado (25), por exemplo, os ônibus das linhas 376 Herdeiros e 375 Agronomia voltaram a operar entre 11h30 e 19h30. Neste domingo, será entre 7h30 e 19h3, e na segunda-feira, entre 6h30 e 19h30.