Nas últimas semanas, a avalanche de fortes indícios, quando não provas factuais, ligando o ex-presidente Lula aos escandalosos esquemas de corrupção na Petrobras provocou reações peculiares na esquerda petista. Diante das evidências das movimentações financeiras ilegais apuradas pela Operação Lava-Jato, acadêmicos e jornalistas petistas dobraram a aposta no discurso fanatizante de que há um “Estado policial” contra o PT; diante dos documentos e depoimentos que desmentem as versões falsas da família Lula da Silva e do PT a respeito do sítio de Atibaia e do triplex do Guarujá, que o grão-líder petista insiste em dizer que não são dele, intelectuais e sindicalistas petistas reforçaram o coro de “preconceito de classe” contra o humilde Lula; diante das fotos de Lula dentro do triplex, acompanhado do empreiteiro Léo Pinheiro (OAS), eleitores e simpatizantes petistas soltaram o velho e ridículo grito de “mídia golpista!”. Como entender o comportamento negacionista, politicamente cego e psicologicamente insalubre de tanta gente – de acadêmicos a meros simpatizantes, de jornalistas a trabalhadores sindicalizados?
Colunistas
Eduardo Wolf: Lula e o disco voador
"Quando temos crenças muito arraigadas, não há evidência contrária que nos faça mudar. É preferível ignorar, negar ou falsificar as evidências"