A melhor série a que assisti nos últimos tempos foi Transparent. Criada por Jill Soloway para o serviço de streaming da Amazon e ainda indisponível no Brasil, o seriado coloca em cena de uma maneira absolutamente naturalista a família Pfefferman, judeus de Los Angeles que, logo no primeiro episódio, são surpreendidos com o tipo de revelação que-mudará-as-coisas-para-sempre: o patriarca Mort, depois de décadas lidando sozinho com questões identitárias, resolve contar para os filhos e para o mundo que é transgênero. Mort passa a ser Maura. A casa enorme em Pacific Palisades é substituída por um apartamento compacto em um condomínio repleto de gays e trans. Sentindo-se livre pela primeira vez, mas, ao mesmo tempo, tendo que lidar com questões extremamente complicadas, Maura é o centro de uma trama que se completa com a ex-mulher e os três filhos adultos (ainda que, dependendo do ponto de vista, a palavra "adulto" possa ser contestada).
Colunistas
Carol Bensimon: tente outra coisa
"Transparent gravita em torno da confusão de seus personagens, dos relacionamentos amorosos não-convencionais e da busca por uma identidade em um mundo onde aparentemente não há mais limites para a experimentação e para as mudanças"