Alunos da Escola Especial Renascer terão gesto de civismo reconhecido

Na Escola Estadual Especial Renascer, no Bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, o civismo é tema de sala de aula não só em setembro. Semanalmente, os 265 alunos cantam o hino e hasteiam a bandeira nacional. Este ano, toda essa dedicação será reconhecida na abertura oficial da Semana da Pátria, em Porto Alegre, hoje, a partir das 9h, em frente ao Monumento do Expedicionário, no Parque Farroupilha.

O coral da escola cantará o hino, e os alunos Bruno Silva dos Santos, 15 anos, e Vinícius Valdez Torres, nove anos, irão declamar uma poesia falando do amor ao país. O professor de Educação Física Cezar Augusto de Oliveira Gonçalves explica que os ensaios incluem a interpretação da poesia e a leitura seguindo pausa de parágrafos e pontuação. Para Bruno, a oportunidade ajuda ele a gostar ainda mais de ler: 

- Gosto muito de poesia e de ler em casa porque sei que isso me ajuda muito.

Desenvolver habilidades dentro das possibilidades dos alunos é o maior objetivo do esforços da escola. O coral Renascer da Esperança, que existe desde 2011, é outro aliado no estímulo do aluno para a alfabetização, tanto no letramento quanto na leitura. São 34 integrantes que ensaiam semanalmente.



Autoestima e valorização
Além de entender as palavras da música e trabalhar seu significado, são orientados a ter postura e bom comportamento, complementa o aluno e integrante do coral, Giovani Borges, 18 anos. O resultado do empenho é a apresentação da turma em outras escolas e em piquetes. 

- Fazemos amigos e conhecemos vários lugares. É muito legal, já sei contar várias músicas - relata Aline Dias Vargas, 28 anos.

A regente e coordenadora do coral Jaine Lahutte Vieira explica que este prestígio aumenta a autoestima dos alunos e valoriza o esforço de cada um, algo fundamental para o desenvolvimento deles. O repertório do grupo incluem, além do hino rio-grandense e nacional, canções como Querência Amada, Canto Alegretense e Céu, Sol, Sul. Os ensaios contam ainda com quatro professoras de apoio que ajudam a trabalhar o som, melodia e significado de cada música. 

- Trabalhamos dentro das possibilidades e potencialidades que eles têm, estimulando o desejo deles de estar ali - conta Jaine.


Além do civismo e dos símbolos da pátria, os alunos participam de conversas sobre o que está acontecendo no Estado, como a crise financeira. 

- Também não deixamos de abordar a atual situação que vivemos, do momento de crise e das mobilizações que estão acontecendo - explica o professor, Cezar.