A Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre promoveu nesta terça-feira a primeira reunião do grupo de trabalho que será responsável por identificar os principais problemas no serviço de GPS dos táxis da Capital. O sistema foi suspenso por 15 dias depois de uma série de queixas da categoria, que reclama de falhas técnicas, o que compromete o monitoramento dos veículos.
O presidente da Cuthab, vereador Carlos Comassetto (PT), afirma que um dos pontos de discussão são os problemas apresentados no chamado "botão do pânico", que deveria informar a localização do carro e acionar segurança quando fosse ativado. A mensagem é recebida tanto pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) quanto pela Brigada Militar (BM).
Em junho, GPS ainda não tinha data para começar a funcionar
- Os motoristas dizem que o botão até emite um sinal, mas que não há uma gestão correta de continuidade do sistema para fornecer a segurança. Como o próprio nome diz, é botão do pânico. Parece que a mensagem chega lá na EPTC e nada acontece. Muitos taxistas acabam acionando o botão indiscriminadamente para comprovar isso - explica o vereador.
EPTC flagra táxis de Porto Alegre fora do RS durante testes de GPS
Perícia identifica violação de GPS em três táxis de Porto Alegre
Além das falhas neste botão, que pode ser solucionada por um convênio com a Secretaria de Segurança, conforme sugeriu Comassetto, o grupo de trabalho - composto por técnicos da prefeitura, vereadores e motoristas de táxi - também vai debater os valores pagos pelo serviço de GPS, a estrutura que a EPTC oferece através da empresa terceirizada e o contrato feito pela Show Tecnologia, que venceu a licitação.
- A categoria reclama que o contrato feito pela empresa com cada taxista é unilateral, só beneficia a empresa - diz Comassetto.
Implantado há dez meses, o sistema já contempla 3.326 veículos de uma frota total de 3.920. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), pelo menos 14 ocorrências policiais, como furto e sequestro, foram solucionadas a partir do GPS.
- Após esses 15 dias, tomaremos uma decisão. Esse sistema de GPS é vital para monitorar os táxis, traz mais conforto ao passageiro, mais segurança. Não podemos aceitar um serviço com problemas. Por isso, em conjunto com a categoria, definiremos se a empresa vai seguir ou não - disse o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, na segunda-feira, após a reunião que definiu a suspensão do serviço.
*Zero Hora