A instalação de botões de pânico nos táxis de Porto Alegre iniciou em setembro de 2014, com a implantação do sistema de GPS na frota, que conta com 3.921 veículos. Contudo, os equipamentos voltados à segurança dos taxistas ainda não começaram a ser utilizados e não há data prevista para que entrem em funcionamento.
Até hoje, 2,5 mil táxis contam com GPS e botões de pânico. A previsão da EPTC é de que todos os carros contem com os equipamentos até o final de julho de 2015. Os dispositivos de segurança serão usados em casos de emergência pelos taxistas para acionar a Brigada Militar ou a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sintáxi), Luiz Nozari, por enquanto os profissionais são orientados a não utilizarem os botões de pânico.
- Ele (o botão de pânico) é figurativo. A orientação é que não usem. Não tem segurança. Não tô culpando a Brigada. Não sou inimigo dos brigadianos, que trabalham, que fazem o que podem. Mas não tem estrutura. Então não adianta. Tem que ser um atendimento rápido - destaca.
O presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, defende que os botões de pânico ainda não entraram em funcionamento porque isso requer um investimento por parte da Brigada Militar e pela empresa pública da Capital. Segundo ele, os dois órgãos ainda estão fazendo o planejamento de como vai funcionar o atendimento dos taxistas. Capellari afirma que o principal empecilho para o uso dos botões de pânico é a infraestrutura.
- A infraestrutura, viaturas, regiões que serão atendidas, local que vai ser atendido pela Brigada ou EPTC, primeira abordagem, uma série de questões técnicas, como cada um dos órgãos vai se comportar - disse.
O uso dos GPS na frota de táxi custa, mensalmente, 17 bandeiradas aos taxistas de Porto Alegre, o que equivale a quase R$ 80. Embora os botões de pânico ainda não estejam em uso, o presidente do Sintáxi acredita que, quando o sistema estiver em funcionamento, será vantajoso para os taxistas.
*Rádio Gaúcha