Com dificuldade para encontrar testemunhas e diante da possibilidade de câmeras de segurança não terem captado o crime, a Polícia Civil encara como um desafio esclarecer o assassinato do ex-estudante de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Maurício Bartz de Moura, 24 anos. O jovem foi atingido por facadas e encontrado morto próximo ao Guaíba, no Anfiteatro Pôr-do-Sol, em Porto Alegre, na tarde de quinta-feira.
Conforme o delegado substituto da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), João Paulo de Abreu, próximo ao corpo, estava uma bicicleta do Bike Poa, que deve ter sido usada pela vítima para chegar até o local. A delegacia ainda aguarda a confirmação da empresa para saber se a bicicleta foi mesmo retirada pela vítima. Maurício foi encontrado descalço, sem o celular ou carteira e com o bolso da bermuda virado para fora.
- Esse pode ser um indicativo de que algo foi tirado dali, mas não é suficiente. Pode ser que o bolso tenha ficado assim após a tentativa de alguém de encontrar algum documento com ele, por exemplo. Mas ainda é cedo para dizer que ele foi morto para ser subtraído - afirma o responsável pela investigação.
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Sem achar testemunhas, o delegado tinha esperança em encontrar pistas a partir de imagens da câmera instalada a 10 metros de onde o corpo de Maurício foi encontrado. Abreu solicitou as imagens ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mas foi avisado informalmente que a câmera não estaria funcionando. Ainda assim, as gravações foram solicitadas para a Secretaria de Segurança Pública na sexta-feira.
- A autoria, por enquanto, recai sobre pessoas que costumam frequentar aquele local. É um crime dificilmente praticado por pessoas que estejam ali de passagem - sugere Abreu.
Segundo o delegado, eventuais testemunhas ou amigos que tenham informações que possam ajudar na resolução das investigações podem entrar em contato com a 2ª DHPP a partir da manhã de segunda-feira. Os telefones da delegacia são 3371-1557 e 3371-4000.
Jovem pretendia cursar Direito
O jovem vivia há cerca de quatro anos em Porto Alegre, onde cursou alguns semestres de Economia na UFRGS. Descontente com o curso, ele estudava para conquistar uma vaga no curso de Direito. Por amigos como Marina Wilm, 30 anos, ele será lembrado como uma pessoa "tranquila, extremamente alegre e positiva".
- Ele era muito faceiro e querido por todo mundo - define a jovem.
Maurício deixa uma irmã, Mariany, 14 anos, e os pais, Mário Luiz Martins de Moura, bancário, e Marlei Bartz de Moura, funcionária de um hospital. Eles moravam em Espumoso, onde o corpo de Maurício foi velado na tarde deste sábado.
* Zero Hora
Mistério na orla
Polícia investiga morte de ex-estudante da UFRGS no Anfiteatro Pôr-do-Sol
Corpo de Maurício Bartz de Moura, 24 anos, foi encontrado próximo ao Guaíba na tarde da última quinta-feira
Bruna Scirea
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