Se a quantidade de pessoas vivendo na rua cresce a olhos vistos em Porto Alegre, as ações da prefeitura em relação a essa população se desenvolvem em câmera lenta. Uma das cenas está congelada desde setembro, quando o Ministério Público (MP) listou cinco prioridades a serem perseguidas pela administração municipal nos 45 dias subsequentes.
Quase quatro meses depois, porém, nenhuma delas foi atendida. O não atendimento dos pedidos, considerados urgentes pelo MP, culminou, em dezembro, na instauração de dois inquéritos civis: um para investigar a política pública habitacional voltada à população em situação de rua e outro para averiguar a não instalação do Centro Pop 3 (local de referência para moradores de rua durante o dia).
De junho a outubro do ano passado, foram abertos outros 10 inquéritos para verificar a atuação da prefeitura em relação ao tema.
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Em setembro, o órgão listou cinco prioridades a serem seguidas pela administração municipal nos 45 dias subsequentes