Após uma hora e meia de discussões na manhã desta quarta-feira (11), os servidores municipais e a prefeitura de Porto Alegre não entraram em acordo quanto à negociação dos dias parados. Pela proposta do município, o ponto seria cortado, não haveria nenhum tipo de compensação, mas benefícios ligados aos planos de carreira das categorias não seriam prejudicados. Já os trabalhadores querem compensar as horas paradas e não sofrer descontos nos contracheques.
"Chegamos ao nosso limite", afirma o vice-prefeito, Sebastião Melo, que coordenou a reunião.
Quanto ao reajuste salarial, a prefeitura manteve o percentual de 6,28%, mesmo índice que seria aplicado ao vale-alimentação. O Executivo também garante o estabelecimento de mesa de negociação permanente para tratar de reivindicações específicas de cada função.
"Podemos negociar percentuais menores, mas não sem a compensação desses nove dias", relata a diretora do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Debora Teixeira.
Os municipários pedem 20% de aumento nos salários, reajuste de R$ 15 para R$ 23 no vale alimentação, além das mesas de discussão sobre as carreiras.
Assembleia
Na tarde desta quarta-feira, às 14h, no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, será realizada mais uma assembleia geral de servidores. Segundo o Simpa, o ato será apenas para definir novas mobilizações, já que a proposta apresentada pela prefeitura não será votada.