Licitação do transporte será debatida pela população da Capital a partir de amanhã

A licitação do transporte coletivo de Porto Alegre pode sofrer influências diretas da população. Quem usa ônibus e conhece as dificuldades do sistema poderá participar dos encontros do Orçamento Participativo, a partir de amanhã (17), para expor sua opinião sobre o que pode melhorar ou não. Um dos pontos que divide opiniões é o ar-condicionado nos veículos.

Um estudo realizado pela Empresa pública de Transporte e Circulação (EPTC) aponta que se o equipamento for instalado em toda a frota de coletivos da Capital, o aumento na tarifa seria ineviável e custaria R$ 0,10. Os meses mais quentes, dezembro, janeiro e fevereiro, apresentam temperaturas médias em torno dos 35ºC, podendo chegar aos 41ºC. Para muitos, o equipamento na frota seria importante, frente ao "calorão" que faz em Porto Alegre, e para outros o aumento na tarifa não seria o ideal. 

Além do ar-condicionado, as reuniões do Orçamento Participativo vão analisar linhas, horários, itinerários, qualidade dos veículos em circulação, isenções, subsídio com recursos por percentual de multas e de comercialização de espaços publicitários, sistemas de controle e fiscalização do serviço e criação de um fundo de transporte. A empresa pública de transporte, Carris, também será analisada.

A zona norte de Porto Alegre está se organizando para os debates. Amanhã (17) começam os encontros. Loreni Lucas, segunda titular que representa os Bairros Humaitá e Navegantes, comentou que a responsabilidade na participação é grande.

"O povo que se faça presente e se represente. É uma responsabilidade, no meu modo de pensar, muito grande. Um pequeno número de pessoas não pode ser responsabilizado por uma mudança. Toda comunidade tem que estar presente", disse.

Os bairros da zona norte que se reúnem amanhã já realizaram, em outras ocasiões, encontros para debater a qualidade do transporte público oferecido na região. Loreni confirmou que muitas reclamações já foram feitas pelos usuários, que a região cresce com novos empreendimentos, só que a oferta de coletivos não muda.