A Trensurb estima prejuízo de cerca de R$ 30 mil em razão da manifestação que ocorreu no começo da noite desta terça-feira na estação Mercado, em Porto Alegre. Na ocasião, as catracas do local foram abertas por mais de uma hora e meia.
Conforme o gerente de Operações da Trensurb, Paulo Renato Amaral, uma ocorrência policial já foi registrada, e a empresa irá buscar na Justiça o ressarcimento do prejuízo. "Foram duas ocorrências: dano ao patrimônio e evasão de divisas. É nossa obrigação buscar compensação para este dano", explica.
Após troca de empurrões com os seguranças que trabalham no local, cerca de 80 manifestantes ligados ao Cpers Sindicato, CUT, Central Sindical Popular com Lutas, entre outras organizações, liberaram as roletas para os usuários passarem.
O protesto fez parte de ato nacional que ocorreu em outras capitais contra o projeto do deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) que defende as terceirizações. O projeto deverá ser votado na semana que vem.
Para os manifestantes, por se tratar de uma empresa federal, a Trensurb pode ser afetada caso o projeto seja aprovado. Para Luiz Henrique Chagas, presidente do Sindimetrô, atualmente, mais de 90% da parte de manutenção já é terceirizada e está em péssimas condições. Ele afirma que as terceirizações prejudicam e colocam em risco os usuários e defende a abertura urgente de concurso público.
A manifestação não causou atrasos nos trens que circulam entre Porto Alegre e o Vale do Sinos.