Exposição de ilustrações de literatura infantil e juvenil reúne leitores no Cais do Porto

No dia dedicado à Imagem e Literatura, nada mais propício do que visitar uma exposição dedicada a algo tão valioso para chamar atenção dos pequenos leitores e despertar seu interesse pela literatura: as ilustrações.

Até o fim da Feira é possível visitar no Armazém A do Cais do Porto, na Área Infantil e Juvenil, uma das exposições mais importantes do Brasil de ilustrações para livros infantis e juvenis - a Traçando Histórias, que ocorre bienalmente na Feira e está na 8ª edição.

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Vinte e sete ilustrações originais dos mais renomados e premiados ilustradores de livros infantis e juvenis do país foram selecionadas pela curadora e também ilustradora Cristina Biazetto. Entre eles estão Alê Abreu, Ângela Lago, Cláudio Martins, Cris Eich, Daniel Bueno, Janaina Tokitaka, Jô Oliveira, Luiz Maia, Mateus Rios, Rosinha Campos e Victor Tavares.

Maravilhada com as obras, feitas com materiais e técnicas variadas como colagem de papéis, lápis, aquarela, bico de pena, nanquim, pirogravura e até borra de café, a professora Rosinaura Barros disse estar reconhecendo o traço de vários artistas que ilustram as obras com que trabalha em sala de aula.

- Não é a mesma coisa olhar os desenhos no livro e no original. As cores e o material são diferentes, é impressionante ver ao vivo - afirma a professora.

O coordenador da exposição, Valdeci Souza, conta que várias turmas escolares visitam a mostra, interagem e fazem atividades, como reprodução das obras.

- As crianças geralmente acham que as coisas estão prontas. A exposição é interessante porque eles conseguem ter noção do processo, saber que nem sempre quem ilustra a obra é a mesma pessoa que escreve. Ela consegue perceber e valorizar esse processo. As crianças se encantam com as obras, que são lúdicas e visualmente atrativas - conta Valdeci.

Os livros onde estão as ilustrações também estão expostos para que os visitantes possam comparar os originais com a obra impressa. A estudante Amanda Souza levou o filho Yuri, 5 anos, para ver a exposição e aproveitou para ler para ele algumas histórias dos livros expostos.

- Ele ficou encantado com a ilustração do Marcelo Cipis (que faz parte do livro O sonho do Abaporu) - conta Amanda.

Atividades paralelas com os ilustradores, como oficinas e mesas, acontecem na Feira mediante agendamento. Ao final da exposição é criado um catálogo para ser distribuído para escolas e bibliotecas.