O presidente da República, Jair Bolsonaro, sinalizou nesta terça-feira (7) que não haverá reajuste salarial ao funcionalismo público em 2022, como demandam as categorias.
— Lamento, pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste ao servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, que foi mandada para o Parlamento, de que para o ano que vem nós teremos reajuste e reestruturações — afirmou, em entrevista ao SBT News.
O presidente disse que só haveria recurso atualmente para reestruturar as carreiras de algumas categorias, o que gera resistência das demais.
— Quando você fala em estruturar uma carreira, as outras não admitem sem que a delas também sejam reestruturadas, e não tem recurso para tal — alegou Bolsonaro.
Auxílio Brasil
O presidente da República declarou ainda que o Auxílio Brasil será mantido em R$ 400 até dezembro, mas pode ter o valor alterado no ano que vem.
— Tem um limite, até pela lei eleitoral. O Auxílio Brasil fica em R$ 400 até dezembro e no ano que vem é possível mexer nesse valor — afirmou.
O governo, no entanto, considerou elevar o benefício ainda neste ano mediante a edição de um decreto de calamidade pública, o que ainda não foi descartado pelo presidente.
Teto de gastos
Após reclamar, mais uma vez, das amarras do teto de gastos, Bolsonaro avaliou nesta terça-feira que mudanças na âncora fiscal podem ser discutidas após as eleições.
— Algumas coisas você pode mexer no teto de gastos como já há propostas pela equipe do Paulo Guedes. Mas a gente vai deixar para discutir isso depois das eleições mudança no teto. Você poderia tirar alguma coisa dos gastos obrigatórios? Poderia — revelou, na mesma entrevista.
Bolsonaro destacou, no entanto, que qualquer mudança precisa ser feita "com responsabilidade".