O presidente da República, Jair Bolsonaro, evitou se comprometer com uma data para decidir sobre o reajuste a servidores públicos.
— O problema é o orçamento — limitou-se a dizer, antes de se encontrar com o presidente do Peru, Pedro Castillo.
Por se tratar de ano eleitoral, a medida teria de ser anunciada até o fim de março.
Para atender a uma ordem direta de Bolsonaro, o orçamento de 2022 reservou R$ 1,7 bilhão para o reajuste de servidores públicos. Embora não haja "carimbo" na verba, há acordo para que o valor seja usado para majorar salários de agentes federais da segurança pública, importante base de apoio do presidente.
A postura de "privilegiar" a categoria, no entanto, gerou revolta no restante do funcionalismo, com paralisações e operações-padrão que causaram transtornos em rodovias, portos e na fronteira do país com vizinhos, o que já faz o governo rever os planos.
Bolsonaro ainda citou o reajuste de 33% autorizado pelo governo federal a professores de educação básica na semana passada e a decisão de perdoar as dívidas de estudantes do Fies.
— Estamos negociando a regulamentação — afirmou, sobre o programa de financiamento estudantil.
A maior parte do custo do reajuste dos professores, no entanto, vai ser paga por governadores e prefeitos, que já anunciaram que vão recorrer à Justiça para barrar o aumento.
Sem máscara
Após conversar com a imprensa, Bolsonaro posou para foto oficial com o presidente do Peru. O brasileiro não usava máscaras de proteção contra a covid-19, como recomendado por especialistas em meio ao recrudescimento da pandemia. O peruano, sim.