
A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (21), a partir das 9h30min, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Pelo requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), Rosário deveria falar de investigações sobre desvio de recursos liberados pela União para Estados e municípios, mas o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), já avisou que vai cobrar do ministro explicações sobre a suposta omissão em negociações irregulares no Ministério da Saúde.
Na última terça (15), durante reunião da CPI, Aziz disse que Wagner Rosário prevaricou. Ou seja: como servidor público, teria deixado de tomar iniciativas e se omitido diante de irregularidades.
— O que ele tem que explicar não são as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não. Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens (sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde) desde 27 de outubro de 2020, ele é um prevaricador — disse Aziz.
Wagner Rosário usou uma rede social para responder ao presidente da CPI. O ministro acusou o parlamentar de cometer o crime de calúnia.
"Senador Omar Aziz, calúnia é crime!!! A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação também é crime!!! Aguardando ansiosamente sua convocação", escreveu.
O presidente da CPI usou a mesma rede social para reafirmar a acusação contra Wagner Rosário. "Prevaricação também é crime", publicou Aziz.