É de praxe, sempre que um novo governador assume o mandato, anunciar as primeiras medidas de sua gestão no início do mandato, muitas vezes no dia seguinte à posse, como no caso de Eduardo Leite (PSDB) — que assinou seis decretos nesta quarta-feira (2). Confira a seguir um resumo das ações adotadas pelos últimos chefes de Estado no Rio Grande do Sul:
Alceu Collares (PDT)
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Em 1991, após assumir o cargo, decretou suspensão do pagamento da dívida do Estado com fornecedores pelo período de 60 dias.
Antônio Britto (MDB)
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Anunciou conjunto de medidas, no início de 1995, para conter os gastos públicos, com validade inicial de 90 dias. Incluía suspensão de pagamento a fornecedores e redução no número de CCs.
Olívio Dutra (PT)
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Em janeiro de 1999, proibiu reajustes de salários, crescimento do quadro de servidores e aumento da verba de representação para membros do Judiciário e do Ministério Público.
Germano Rigotto (MDB)
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Anunciou, logo depois da posse, em 2003, programa de contenção de gastos de R$ 300 milhões no primeiro ano de governo. A economia contava com restrição de 40% nas despesas com diárias e passagens.
Yeda Crusius (PSDB)
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No início de 2007, cortou 30% das despesas de custeio do Estado, reduziu 20% dos CCs e anunciou medidas para ampliar receitas. Deu início à política do déficit zero, para que o Estado parasse de gastar mais do que arrecadava.
Tarso Genro (PT)
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Sancionou uma série de projetos em janeiro de 2011, entre eles: extinção de 148 CCs, criação de 15 novas vagas de assessores, reajuste salarial para 518 cargos de chefia ou de coordenação e anistia das dívidas de pequenos agricultores.
José Ivo Sartori (MDB)
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Assinou decreto, em janeiro de 2015, suspendendo por seis meses a quitação de restos a pagar da gestão anterior. Restringiu diárias, passagens e horas extras. Congelou nomeações de servidores e novos concursos.
O decreto resultou em economia de R$ 980,8 milhões em 2015 (as despesas de custeio, que haviam sido orçadas em R$ 5,03 bilhões, caíram para R$ 4,05 bilhões no ano). Não foi suficiente para fazer frente à crise financeira: em julho e agosto de 2015, os salários dos servidores acabaram parcelados. O decreto foi prorrogado até o fim da gestão.