O pagamento de salários do funcionalismo público, na última sexta-feira (13), não afetou o posicionamento do Cpers Sindicato, entidade que representa os professores do Estado do Rio Grande do Sul. Na manhã desta segunda-feira, diversas escolas permaneceram sem aulas devido à mobilização da categoria. Entretanto, em alguns estabelecimentos, há previsão de reuniões para discutir a retomada das atividades.
A reportagem de GaúchaZH percorreu cinco colégios de Porto Alegre para verificar se estavam ocorrendo aulas e, em nenhum caso, encontrou alunos. O vice-diretor da escola Emílio Massot, Isaac Bueno, afirmou que, à tarde, os docentes da escola vão se reunir para decidir se seguirão paralisados.
– Os professores vão se reunir e fazer uma assembleia hoje a tarde, para avaliar e ver o que será feito depois. De qualquer forma, o pleito não é só por salários em dia – disse.
Em outros colégios consultados, a decisão é de aguardar orientação do Cpers. O sindicato teve reunião entre lideranças nesta segunda-feira (16), com o objetivo de discutir os rumos da paralisação. No encontro, ficou mantida a posição do sindicato pela manutenção da paralisação.
Ainda assim, a presidente da entidade, Helenir Schürer, frisou que não há assembleia marcada para discutir o fim da greve dos servidores. Além do atraso dos vencimentos, a possibilidade de parcelamento do 13º salário e a perspectiva de novos parcelamentos incomodam a categoria.
Para reforçar seu posicionamento da categoria, o Cpers vai realizar manifestação na manhã desta terça-feira (17) para cobrar do governo solução para a greve. No ato, que vai começar às 10h, na Praça da Matriz, os manifestantes também pretendem realizar pressão contra votação de projetos que modificam direitos dos professore, segundo o sindicato.
O secretário estadual da Educação avalia hoje, junto às coordenadorias regionais, a extensão da greve do Cpers. Ronald Krummenauer acrescentou que o calendário escolar de recuperação das aulas começará a ser organizado a partir desta semana e levará em conta as particularidades das escolas. O prazo termina em 20 de outubro. No Gaúcha Atualidade, Krummenauer ressaltou que não há mais motivo para a greve, visto que os salários de setembro já foram pagos.