O secretário da Educação do Rio Grande do Sul, Ronald Krummenauer, afirmou, em entrevista ao programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha, que, a partir desta segunda-feira (16), o calendário escolar começará a ser organizado. A presidente do Cpers, Helenir Schürer, contudo, afirmou que a greve dos professores continuará enquanto as reivindicações da categoria não forem atendidas pelo governo.
Segundo Krummenauer, a reorganização do calendário levará em conta as particularidades de cada escola. O prazo para ser efetivada a reorganização na Secretaria de Educação (Seduc) é 20 de outubro.
O secretário também afirmou que, apesar de o CPERS não ter encerrado a greve, os pais devem mandar os filhos à escola.
— As informações sobre eventual aula que não vai ser dada precisam ser levadas ao conhecimento das coordenadorias (regionais) — afirmou.
A ideia, segundo Krummenauer, é recuperar os dias de aula após o fim do ano letivo — incluindo a semana entre Natal e Ano-Novo e alguns dias do mês de janeiro —, deixando o uso dos sábados apenas para casos especiais, como em escolas que tiveram adesão em todos os períodos de paralisação, por exemplo.
O secretário sustenta que o pagamento aos professores já foi integralizado e que algumas das condições colocadas pela categoria foram cumpridas — como a efetivação dos salários de quem ganha menos, por exemplo.
Em resposta, Helenir Schürer afirmou que “a greve não é somente pelo pagamento deste mês, atrasado como foi”.
— A gente quer o pagamento do salário integralmente até o último dia trabalhado, nós precisamos ouvir do governo como será nosso 13°, e precisamos discutir, já que o Estado está querendo negociar com o governo federal o congelamento de salários até 2020. Nossa pauta não foi cumprida em absolutamente nada, então a greve continua — disse.
Além disso, sobre a divergência dos números divulgados pela Seduc e pelo Cpers em relação ao número de professores em greve — Krummenauer disse que, se 75% dos professores estivessem parados, como anunciou o sindicato, “a rede toda estaria paralisada” — Helenir disse que a entidade se refere à categoria e não ao número de escolas.
A presidente do Cpers ainda afirmou que não há assembleia marcada para discutir a situação.