Depois de participar da inauguração do Centro de Radiocirurgia do Instituto do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer não comentou a denúncia apresentada contra ele, na quinta-feira (14), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por organização criminosa e obstrução de Justiça.
Já o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que as ações anunciadas para a conclusão do hospital do IEC não serão prejudicadas pela denúncia.
— Estamos governando plenamente, e essas questões não interferirão na determinação do presidente Temer de entregar um país melhor do que recebeu ao seu sucessor — disse Barros, acrescentando que "as questões jurídicas ficam com o Judiciário. Nosso negócio é governar o Brasil".
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Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, também foram denunciados, além do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
A Presidência da República classificou a nova denúncia como "marcha irresponsável para encobrir suas (de Janot) próprias falhas" e uma tentativa de "criar fatos" para "encobrir a necessidade urgente de investigação sobre pessoas que integraram sua equipe". Já os ministros negaram as acusações e criticaram as delações que fundamentam a denúncia.