A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (20) conceder prisão domiciliar a três pessoas ligadas ao senador afastado Aécio Neves (PSDB). Por decisão dos ministros do Supremo, Andrea Neves (irmã de Aécio), Frederico Pacheco (primo) e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima – apontado como operador de propina do tucano – deverão usar tornozeleira eletrônica.
Antes de ser preso de forma preventiva, Mendherson, que era contratado pelo gabinete do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), admitiu ter levado R$ 480 mil em espécie para a casa da sogra dele. O dinheiro seria parte de um pagamento irregular de R$ 2 milhões da JBS a Aécio.
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O julgamento desta terça-feira (20) foi o primeiro dos casos envolvendo Aécio. Ainda estavam previstos para apreciação pelos ministros o pedido de prisão de Aécio, feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e a solicitação de retomada das atividades parlamentares do tucano, encaminhada pela defesa dele.
No entanto, após a defesa do senador apresentar um pedido para que seus recursos fossem analisados diretamente pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma, o ministro Marco Aurélio Mello sugeriu que os pleitos que tratam especificamente de Aécio fossem julgados em outra oportunidade. Os demais membros do colegiado concordaram com a sugestão de Marco Aurélio, e a sessão foi encerrada por volta das 17h. Ainda não há data prevista para que o tema volte a ser analisado pelo Supremo.
A prisão e o afastamento de Aécio Neves foram pedidos, segundo a PGR, para evitar que o parlamentar tucano atrapalhe as investigações nas quais já foi acusado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.
Acompanhe a cobertura do repórter Matheus Schuch, em Brasília: