Ministros do PSDB estiveram na manhã deste domingo (4) com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, para garantir ao peemedebista que o partido, por ora, vai continuar na base aliada.
A permanência do PSDB no governo dá uma sobrevida a Temer, que enfrenta nesta semana o início do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação do seu mandato. A decisão dos tucanos é vista como um referencial para os demais partidos da base, que poderiam acompanhar a debandada.
Leia mais
Temer apela a Alckmin para evitar divisão do PSDB paulista
"O PSDB não é madame Bovary", diz ministro Aloysio Nunes sobre possível saída do partido da base
Temer marca reunião com Alckmin por permanência do PSDB no governo
Participaram do encontro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades), que chegou a ameaçar entregar o cargo no dia em que a delação dos empresários do grupo J&F veio a público.
Segundo um dos ministros, a reunião da Executiva do partido vai ser na quinta-feira (8), mas terá como objetivo fazer uma "análise de conjuntura" e não decidir se o PSDB vai deixar o governo.
Na semana passada, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), havia anunciado que a cúpula da legenda iria se reunir na terça-feira para definir uma posição em relação ao governo. O encontro aconteceria no mesmo dia em que TSE daria início ao julgamento da chapa Dilma Rousseff-Temer.
Desde a abertura do inquérito para investigar Temer, a ala mais jovem do PSDB vem pressionando o partido a deixar a base. Na Câmara, a bancada, com 46 deputados, está rachada. Uma eventual saída do partido da base, no entanto, depende do aval da Executiva.
*Estadão Conteúdo