Em meio à formalidade e tradição, o governo gaúcho assinou um memorando de entendimento com o Banco Iwata Shinkin, nesta quarta-feira (7). O documento reforça a aproximação do Rio Grande do Sul com a instituição instalada em Iwata. A região, na província de Shizuoka, é marcada pela presença de empresas do setor automobilístico e de instrumentos musicais.
– Ainda é cedo para saber onde investir. Após a aproximação das empresas teremos mais informações. Mas acredito que no ramo de moto-peças, agrícolas, e outros – destacou o presidente do Conselho do Banco, Hirohisa Takayanagi.
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Com forte presença brasileira, a região abriga fábricas da Suzuki e Yamaha, entre outras empresas do ramo de transportes. Também tem plantas das fabricantes de instrumentos musicais Kawai e Yamaha. Este setor é uma das principais apostas para futuras parcerias. A área de maquinário agrícola também foi citada. De acordo com o responsável pelo banco japonês, há interesse pelo Rio Grande do Sul devido à produção de grandes máquinas para trabalho nas lavouras. Já o Japão poderia oferecer a tecnologia empregada em seu processo.
– Destacamos a posição geográfica do Rio Grande do Sul, como centro do Mercosul, caminho para Argentina e Uruguai. Estamos abertos para receber investimentos – disse o governador José Ivo Sartori aos japoneses.
Palavra do governador
Os primeiros contatos devem iniciar nos próximos meses. Uma das grandes apostas para aprofundar as relações com empresários da região ocorre na tarde desta quarta-feira (7). José Ivo Sartori irá palestrar durante o VIII Seminário Econômico do Brasil, que será assistido por mais de 200 donos de empresas da região.
O tema da apresentação do governador será "Rio Grande do Sul – Entrada para o Mercosul e oportunidades de negócios". Ele falará em português e haverá tradução simultânea para o japonês.
Troca de cartões
Ao final do evento, foi realizada uma rodada de troca de cartões entre todas a comitiva gaúcha e diretores do Iwata Shinkin. A ação é parte da formalidade e vista com muita importância pelos japoneses. A entrega das identificações é sempre realizada com as duas mãos e o cartão nunca é guardado no bolso e, sim, conferido por longo tempo para demonstrar respeito por quem o ofereceu.
*RÁDIO GAÚCHA
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Mateus Ferraz - direto de Tóquio
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