O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato na Corte, negou pedido da defesa do presidente Michel Temer para suspender o depoimento do peemedebista à Polícia Federal (PF). Temer é investigado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.
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O ministro destacou que Temer tem o direito de não responder ao interrogatório, que pode ser conduzido por escrito. Fachin autorizou a PF a tomar o depoimento após o presidente ser um dos principais atingidos pela delação da JBS.
Em petição enviada a Fachin, os advogados de Temer sustentam que o presidente não pode prestar depoimento, porque ainda não está pronta a perícia da gravação da conversa entre Joesley Batista e o peemedebista. A defesa também pediu que Temer não fosse questionado sobre o áudio.
Para justificar a decisão antes do fim da perícia do áudio, Fachin destacou que o presidente demonstrou ser um dos principais interessados na rapidez da apuração dos fatos citados no inquérito.