Não vem de hoje nem de ontem a rede de influências tecida pela maior empreiteira do país para conquistar esse lugar no pódio do empresariado nacional. A Odebrecht começou a comprar políticos e governos ainda na década de 1940, quando foi fundada, admitiu Emílio Odebrecht, cérebro da família cujo nome se confunde com o da empresa. A confissão foi feita em interrogatório ao juiz Sergio Moro, mas não em palavras tão diretas, uma vez que o outrora poderoso capitão da construção pesada nacional prima pela elegância, mesmo na posição de delator, e preferiu classificar a prática com um eufemismo cada vez mais conhecido em tempo de Lava-Jato: financiamento via caixa 2.
Teia de corrupção
Como a Odebrecht teceu seu poder sobre o Brasil comprando políticos e governantes durante décadas
Pelo menos R$ 451 milhões teriam sido distribuídos pela maior empreiteira do país para garantir contratos lucrativos, de pequeno a grande porte, em todo o país, admitem delatores à Lava-Jato