Atentos ao desenrolar do dia nesta terça-feira, o presidente em exercício, Michel Temer, e os ministros do Planalto, apesar de dizerem que o governo não está interferindo na votação, darão prosseguimento ao trabalho de monitoramento dos votos dos senadores. O Planalto está preocupado com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, em deixar a votação final para a quarta-feira pela manhã.
Isso é ruim porque poderá atrapalhar e atrasar ainda mais os planos do governo e de Temer, que tinha previsto, já em um cenário de primeiro adiamento, viajar na tarde de quarta-feira, no máximo até as 16 horas, para poder chegar a tempo de participar das agendas na China.
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Se realmente, como quer Lewandowski, para quarta-feira cedo ficar agendada apenas a votação, a avaliação de interlocutores do presidente é que "ainda dá tempo", já que essa fase tende a ser mais rápida do que os debates e exposição dos senadores.
Na ofensiva do governo, Temer e seus aliados seguirão o dia em conversas para tentar convencer parlamentares da base para que eles ou falem rapidamente, já que sabem que todos querem deixar registradas as suas participações nesta sessão histórica, ou que abram mão de suas falas.
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Estadão Conteúdo
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